IV - quem pode manda.
o professor de desenho contou ao director a história como quis e as colegas foram chamadas ao gabinete dele.
era sábado. cheio de sol lá fora.
as aulas já tinham terminado. havia de tarde actividades da mocidade portuguesa onde ela nunca se inscrevia.
- é obrigatório.
diziam-lhe.
- obrigatório o tanas! se está lá escrito voluntário quero ver obrigarem-me a ir.
parada ao fundo da escada, no piso raso, esperava as amigas.
- que é que estás aqui a fazer? tens aulas à tarde?
- não.
era o enorme director. tinha uma voz de locutor de rádio. que pena ser assim... um...animal.
- se não tens que fazer vai para casa.
- estou à espera de umas colegas.
- quais?
- as que estão no seu gabinete.
- ah! estavas lá quando o que dizem, se passou?
- estava. e mais senhor doutor, é verdade o que elas contam. eu vi.
- vai para casa, é melhor...
- eu espero. quero saber em que fica.
e se ela tivesse ficado calada? era tão tímida com os adultos que é que lhe deu? o de sempre, a luta contra a injustiça dos mais fortes.
- ai queres? então anda comigo. serves de testemunha.
foi. que remédio tinha.
ao entrar no gabinete o ar de espanto das outras é difícil de narrar.
resultado: dos nus só ela falou (grandes colegas!).
as outras tiveram três dias de suspensão. ela um por cumplicidade ou concordância com as outras. afinal era chefe de turma. para exemplo.
o director olhou-a com um sorriso entre o irónico e o quase terno.
ela olhou-o directamente nos olhos com a certeira raiva dum justo.
- como é que eu vou explicar isto ao meu pai?
passou um fim de semana a pensar nisso. nem o velho pinhal a livrava do peso de lhe ir dar um desgosto.

in
era sábado. cheio de sol lá fora.
as aulas já tinham terminado. havia de tarde actividades da mocidade portuguesa onde ela nunca se inscrevia.
- é obrigatório.
diziam-lhe.
- obrigatório o tanas! se está lá escrito voluntário quero ver obrigarem-me a ir.
parada ao fundo da escada, no piso raso, esperava as amigas.
- que é que estás aqui a fazer? tens aulas à tarde?
- não.
era o enorme director. tinha uma voz de locutor de rádio. que pena ser assim... um...animal.
- se não tens que fazer vai para casa.
- estou à espera de umas colegas.
- quais?
- as que estão no seu gabinete.
- ah! estavas lá quando o que dizem, se passou?
- estava. e mais senhor doutor, é verdade o que elas contam. eu vi.
- vai para casa, é melhor...
- eu espero. quero saber em que fica.
e se ela tivesse ficado calada? era tão tímida com os adultos que é que lhe deu? o de sempre, a luta contra a injustiça dos mais fortes.
- ai queres? então anda comigo. serves de testemunha.
foi. que remédio tinha.
ao entrar no gabinete o ar de espanto das outras é difícil de narrar.
resultado: dos nus só ela falou (grandes colegas!).
as outras tiveram três dias de suspensão. ela um por cumplicidade ou concordância com as outras. afinal era chefe de turma. para exemplo.
o director olhou-a com um sorriso entre o irónico e o quase terno.
ela olhou-o directamente nos olhos com a certeira raiva dum justo.
- como é que eu vou explicar isto ao meu pai?
passou um fim de semana a pensar nisso. nem o velho pinhal a livrava do peso de lhe ir dar um desgosto.

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3 passos
:-)
em que ano se passou!
esta histórinha ou o jogo?
Esta tinha eu 12 anos. Tenho 55.
A outra foi há 48 se não erro.
:)
Perdão: 38. Esta contabilidade!
:)
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