the end
terça feira. pequeno almoço por obrigação, estremunhado. afinal a manhã não foi, ainda não é, a sua fase preferida do dia. e comer, só aprendeu a gostar disso lá para os trinta anos, o que não vem à história.
o pai arrancou com a moto. tudo era rotina. havia agora que apanhar o autocarro para o barreiro.
súbito. o som conhecido do motor da moto do pai, a regressar.
- é desta.
sentiu-se corar. não que o pai alguma vez a tivesse maltratado. nunca!
era ela. era assim. cheia de grandes medos por antecipação.
- podes despir a bata, lena.
trazia uma carta na mão
- tens um dia de detenção no forte. por teres tirado um menino debaixo de um carro eléctrico, claro.
e sorriu ao virar-se na pressa para o trabalho.
o pai arrancou com a moto. tudo era rotina. havia agora que apanhar o autocarro para o barreiro.
súbito. o som conhecido do motor da moto do pai, a regressar.
- é desta.
sentiu-se corar. não que o pai alguma vez a tivesse maltratado. nunca!
era ela. era assim. cheia de grandes medos por antecipação.
- podes despir a bata, lena.
trazia uma carta na mão
- tens um dia de detenção no forte. por teres tirado um menino debaixo de um carro eléctrico, claro.
e sorriu ao virar-se na pressa para o trabalho.
- que é um dia de detenção no forte?
perguntou mais tarde, na escola.
- é o que se faz aos soldados quando são castigados. não saem do quartel.
riu.
que teria sido da sua infância sem o pai?
pergunta hoje, com ternura grande.
3 passos
:-)
Gostei do teu blog!
Obrigada.
:)
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