perguntas
- não.
- e foi-se embora?
- foi. parecia revoltado e infeliz.
- e não se despediu?
- já te disse, virou-me as costas e evaporou-se, lentamente. tão lentamente como a água. mas sem deixar uma nuvem sequer.
- e o nome, o nome?
- esqueci de perguntar. não lembro se ele o disse...
- e era alto?
- sim. como uma rocha que nascesse do chão.
porque perguntas tanto? que te importa?
in
- talvez tanto como haver vida, mais vida que aquela que se vê.
- que disparates dizes!
- contou-me tudo o que ele lhe disse sobre o tio agostinho?
- não. contou-me outras histórias. se calhar inventadas. por isso as não referi.
- eram só dele as histórias? não haveria pelo meio delas um genro, por exemplo?
- agora que perguntas... havia sim. mas como sabes? como podes saber?!
- não sei. quero saber, é que o tom desse velho...
deixe lá o que eu penso. limite-se a escrever o que quiser. mas a mim vai ter de contar mais. de contar tudo!
eu preciso saber!
- mais tarde, acalma-te. agora não ou a comida esfria como diria o velho alentejano. anda, o almoço está na mesa. depois falamos, com mais calma.
mas que agitada estás!
1 passos
Pois é as "estórias" são tão boas que mal dá para esperar:) beijos
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