será o mar?
thanks to
o vestido cor-de-rosa de organdim dera-lho quem? talvez a mãe.
foi o vestido de que mais gostou. se a deixassem levava-o a todo o lado a toda a hora.
era bonito e leve. a leveza da cor e do tecido. erguia-se com o vento. até com o bater da água na areia.
tinha vaidade nele. não vaidade para os outros, por comparação. vaidade pura. sentia-se bonita com o vestido.
olhava-se no espelho e girava agitando toda a roda da saia. pena o espelho não mostrar a roda toda! quando virava as costas não via mais nada. devia ser do espelho ser pequeno ou coisa assim.
- quando for bailarina hei-de ter muitos vestidos como estes! - sonhava.
tempos em que foi feliz.
depois, pouco depois, deixou de ser.
- " eu não nasci aqui e o meu destino é outro".
ainda hoje não entende porque se escreveu tão cedo um verso assim, não partiu.
alguma coisa forte a prendeu, prende ainda, a esta terra onde tão pouco valem os que são e tanta honraria se dá ao que parece.
olho lá para fora. pela janela do emprego e vejo a luz azul do tejo a caminhar para a foz. tanta luz! tanto azul! tanto sal!
será o mar que a prende?
este português, mar?
8 passos
"Ó mar Português...." Camões (acho eu):) Mais uma boa "estória":))))) Beijos
Ainda com amargura, não Mada?
:) Bjs.
Olá Wind, Beijinhos!
:)
Anónimo/a, conhece-me?
Não estou particularmente amarga. Acabei de comer um excelente pastel de nata quentinho com canela.
:)
Wind, deves estar a referir-te ao "Mar Português" de Fernando Pessoa.
:)
Lindo... um evocar de memórias, tão íntimas, que tocam o mar...
Abraço carinhoso :-)
Abraço, Menina.
:)
É tanta coisa. Porque haveria de ser só o mar. :-)
Beijos
li
voltei a ler
repeti até à exaustão
depois
olhei a imagem
fixei
gravei
fechei os olhos
e o resultado
é
hummmmmm saborear
a beleza
da mistura.
Enviar um comentário
<< Home