na casa branca vivia
naquela casinha branca tão caiada de pudor, de honestidade e revolta salpicados com amor, vivia um homem que fora de grande terra feitor.
sentado passava as horas num silêncio aterrador. fora na guerra soldado dos bravos dos com valor. respeitado em toda a terra onde vivia e vivera, onde dera onze filhos ao mundo para o alegrar e de sol a sol lutara na lavoura a trabalhar.
mas um dia uma falha da enxada o atingiu certeirinha e o cegou. manda o patrão que o tratem . precisava do feitor. mas a cura era difícil mandou dizer o doutor. e o homem ficou cego. perdendo assim o valor.
a reforma de tostões lhe garantiu o patrão. "fosse agora minha filha e ter-me-iam operado mas nessa altura só ia ao hospital de lisboa quem já estava condenado". o olho morto chorou. o outro guardou secura que homem como ele não chora ou alguma vez chorou.
naquela casinha branca na então vila de moura um homem triste, sentado, recordava os tempos idos na labuta da lavoura. pisando a terra vermelha cheirando a trigo azeitona que feliz o homem fora!
13 passos
Magnífico!
Adorei este blogue, que não conhecia!
Tem graça, no seu perfil, a sua lista de interesses é exactamente igual à minha... :)
Olá.
Obrigada aos dois.
:)
naquela casa linda onde fico o grande amor.
É antigamente era assim e está excelente esta história:) beijos
Muito bonito este texto
passou-se com o meu avô.
:)
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Li lamechas !? Desconhece por certo
a vida dura do alentejano desses tempos e a cruel realidade do tratamento que lhe era dado. Para a Autora os meus parabéns.
críticas opostas. assim, sim.
:)
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Entendi, sim. e tens razão.
:)
Beijos.
Peço desculpa em nome do autor dos dois postes apagados que tira assim o sentido ao diálogo´.
Vá-se lá entender os artistas! Não é, José Alexandre Ramos?!
12:25 PM
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