no verão andava na praia
sobre a areia dura a pé
de uma vez achou um búzio
tinha vindo com a maré.
guardou-o, nem sempre é verão...
no inverno ouvia o búzio
a contar todo o segredo
que há nas ondas e no vento
e dos pescadores o medo
e das rochas e das redes
das sereias das histórias
tantas coisas que não vedes.
o búzio trazia o mar
companheiro de almofada
se o sono inda andava longe
perdido a imaginar
quantas vagas iam vinham
naquele som de embalar.
acordava pela manhã
e ainda que chovesse
não havia qualquer mal
toda a chuva que viesse
não levava o odor a sal
e a viajem que fizesse.
viajava em oceanos
dentro a lençóis
macios panos.
3 passos
Guardaste o búzio, hem? Sorte a tua!... É, o que pesquei, voltou pras profundezas... não sem antes segredar-me histórias tantas, que se não as conto logo, logo esqueço. # Quanto ao teu poema, amiga, chamo-a assim, pois sinto tal, quanto ao teu poema, meu Deus! me enredei, me encantei! E a imagem?! a espuma beijando à areia da praia, dando “oi” ou “até logo” ao búzio?! ## PS. Desculpa-me. Menti sobre o búzio que pesquei um dia: que o perdi, perdi... mas d’outra feita, tornei a pescá-lo. Sabes guardar segredo? Pois bem: esse será o nosso, certo?
Certo, guardo o segredo sim ( não só por ser bonito), é que segredo de Amigo não se entrega.
:)
Belo, mais uma vez:) beijos
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