12 maio 2005




no verão andava na praia
sobre a areia dura a pé
de uma vez achou um búzio
tinha vindo com a maré.

guardou-o, nem sempre é verão...

no inverno ouvia o búzio
a contar todo o segredo
que há nas ondas e no vento
e dos pescadores o medo
e das rochas e das redes
das sereias das histórias

tantas coisas que não vedes.

o búzio trazia o mar
companheiro de almofada
se o sono inda andava longe
perdido a imaginar
quantas vagas iam vinham
naquele som de embalar.

acordava pela manhã
e ainda que chovesse
não havia qualquer mal
toda a chuva que viesse
não levava o odor a sal
e a viajem que fizesse.

viajava em oceanos
dentro a lençóis
macios panos.

3 passos

Blogger batista filho andou...

Guardaste o búzio, hem? Sorte a tua!... É, o que pesquei, voltou pras profundezas... não sem antes segredar-me histórias tantas, que se não as conto logo, logo esqueço. # Quanto ao teu poema, amiga, chamo-a assim, pois sinto tal, quanto ao teu poema, meu Deus! me enredei, me encantei! E a imagem?! a espuma beijando à areia da praia, dando “oi” ou “até logo” ao búzio?! ## PS. Desculpa-me. Menti sobre o búzio que pesquei um dia: que o perdi, perdi... mas d’outra feita, tornei a pescá-lo. Sabes guardar segredo? Pois bem: esse será o nosso, certo?

quinta mai. 12, 03:43:00 da tarde  
Blogger Madalena andou...

Certo, guardo o segredo sim ( não só por ser bonito), é que segredo de Amigo não se entrega.

:)

quinta mai. 12, 03:47:00 da tarde  
Blogger wind andou...

Belo, mais uma vez:) beijos

quinta mai. 12, 04:21:00 da tarde  

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